Com alta incidência no litoral do RS, farmácias começam a vender “repelente” de água-viva

Criado em 29 de janeiro de 2020 . Categoria:

Panorama farmacêutico


Publicado 6 janeiro, 2020

Problema que voltou a ser registrado neste verão, o número de lesões causadas por águas-vivas no litoral do Rio Grande do Sul já supera 30 mil. O balanço tem sido divulgado diariamente para o Corpo de Bombeiros. A reportagem de GaúchaZH relata com frequência pais carregando crianças até os guarda-vidas, questionando se os profissionais têm vinagre para auxiliar nos primeiros socorros. Outras famílias já carregam a substância junto com os demais itens tradicionais de beira de praia.

Até pelo aumento das ocorrências, farmácias têm anunciado um protetor solar que informa funcionar também como inibidor de água-viva. O produto é da marca Safe Sea. Segundo o site da empresa, os ingredientes protegem contra os envenenamentos da água-viva ao formar uma barreira de proteção sobre a pele. Ainda conforme a descrição, ele atua como um inibidor químico contra as toxinas liberadas, além de protetor solar de fator 50.

Produzido em Israel e recentemente importado para o mercado brasileiro, o produto pode ser usado por crianças e adultos, informa a Safe Sea. É resistente à água, o que é um tanto óbvio, mas a embalagem diz que ele dura 80 minutos na piscina ou no mar.

A coluna ligou para algumas farmácias e poucas já disponibilizam o Safe Sea, que também tem sido chamado nos estabelecimentos de “repelente de água-viva”. Pela internet, é um pouco mais fácil encontrar e o preço varia de R$ 55,15 a R$ 69,90, sem considerar o frete, que depende de cada site.

Grupo gaúcho do setor de distribuição e varejo de medicamentos, a Dimed informa que a venda está liberada e também está comercializando o produto. A empresa é dona da rede de farmácias Panvel, um dos locais onde ele é vendido. Em casos mais graves, como quando a vítima apresenta febre, o recomendado é procurar atendimento médico o mais rápido possível. Saiba mais:

Em caso de queimadura

Não esfregue o local queimado.

Cobrindo os dedos com uma camiseta ou toalha, retire os eventuais tentáculos que ficarem grudados à pele. Um palito de picolé também pode ser útil. Lave o local com água do mar ou mineral. Jamais utilize água doce (da pia ou do chuveiro, por exemplo). Procure a guarita de guarda-vidas mais próxima para aplicar vinagre, o que proporciona o alívio da dor.

Depois de meia hora, um banho morno é benéfico. Se o paciente tiver febre, pode tomar um antitérmico. Algumas pessoas desenvolvem reação alérgica, com vermelhidão, prurido e coceira. Antialérgicos e analgésicos também podem ser necessários. Pomadas com neomicina e cremes hidratantes são indicados. Os melhores hidratantes são aqueles com a menor quantidade de produtos químicos – quanto mais água na fórmula, melhor.

Quando a queimadura for muito extensa e se o quadro geral do paciente for ruim, busque atendimento médico. Se o banhista for queimado nos olhos, é preciso procurar um pronto-atendimento com urgência em busca da avaliação de um especialista.

Fonte primária: Zero Hora
Fonte secundária: Panorama Farmacêutico